sábado, dezembro 21, 2013

São Silvestre Pirata e o conhecimento do Eu.

Ontem foi o dia do evento "4ª São Silvestre Pirata de Monsanto", mais um treino em grupo realizado aqui em Lisboa. Trail noturno. E já tradicional, pois foi a 4ª edição. Juntaram-se centenas de pessoas, arrecadaram-se doações para a Legião da Boa Vontade, fizeram convivio no final e um bolo surpresa para a Analice, que fez 70 anos. Impossível conhecer a história da Analice e não virar fã ( http://www.carlos-sa.com/node/137)! Tenho certeza que o treino foi excelente, mas não pude estar lá. Eu ia, estava decidido, porém tive de escolher entre diversão e o conhecimento do eu.



Desde o dia 25 de Novembro comecei a participar em um satsanga quinzenal, para estudar o livro Tattva Bodha (O Conhecimento da Verdade), atribuido a Shankara. Este livro é um texto em sânscrito, escrito de forma simples, mas com uma sabedoria profunda. E desde o 1º satsanga tem sido uma experiência incrível, de aprendizado, reflexão e auto conhecimento. Foi uma escolha difícil e queria poder ir as duas atividades, mas como não consigo estar em dois lugares ao mesmo tempo, fiquei pelo conhecimento do eu. Sem arrependimentos...


E apesar de não chegar aos pés da Pirata, ainda me resta a São Silvestre de Lisboa (SSL), minha última corrida oficial do ano. Nestes últimos sábados participei nos treinos oficiais da SSL. No local (Monsanto) a organização divide os atletas em 3 grupos: avançado, médio, iniciado. No dia 14 corri com o grupo médio e hoje no iniciado.


Estava me lembrando que na 2ª vez que participei na SSL, em 2010, também fui aos treinos oficiais e acompanhei o grupo médio. Naquele ano não conseguia seguir o ritmo do grupo, fiquei para trás e terminar o treino foi um esforço enorme, e ainda estava com uma dor no joelho. Este ano quando treinei com o grupo médio, segui sempre ao lado do lider do grupo, e no final fiquei com a pergunta íntima: será que devia ter acompanhado o grupo avançado?

Com certeza estou mais bem preparado que em 2010, mas conseguirei um tempo mehor que na minha 1ª participação em 2009? O meu melhor tempo na SSL foi em 2009, com 00:50:28. O percurso era bem mais plano, não tinhamos que subir a Avenida da Liberdade. Este ano estou melhor preparado para as subidas, mas são 10 mil incritos em uma prova de 10km, isso pode causar alguma perda de tempo na partida... No dia 28 veremos!

2009 - 00:50:28 - Classificação Geral: 1148

2010 - 00:56:31 - Classificação Geral: 2192

 2011 - 00:56:18 - Classificação Geral: 1661


Obs.: Este será a minha 1ª SSL representando a equipe Força Vegana! \o/

terça-feira, dezembro 10, 2013

2º Leiria X-mas Night Trail

No último Sábado, dia 07 de Dezembro, fui para Leiria correr em uma prova de 30km. A 1ª após a maratona de Lisboa. Ainda não conhecia Leiria, cidade pequena, mas muito simpática. Nem preciso dizer que estava frio, muito frio! Não sei bem quantos graus, abaixo de 10º era certo. Chegamos por volta das 15h, depois de conduzir por quase 150km. Fui buscar o dorsal e a tshirt, e entreguei o brinquedo (doação para as crianças). Deixamos o carro no estacionamento do estádio (onde acabaria a corrida) e fomos a pé até ao ponto de partida, na praça principal da cidade, 1km de distância. Como a partida era só às 17h, fomos tranquilamente apreciando a cidade. Ainda sentamos e tomamos um café, tiramos umas fotos, tudo muito bonito. No ponto de partida peguei a pulseira com o chip.


A partida foi dada às 17h12, people muito animado. Alto astral para espantar o frio! Como ainda estava claro, deixei meu frontal na mochila. Na mochila ainda levava a manta de emergência, um creme anti fricção, 2 géis energéticos, 1 par de luvas, telefone, e 2 litros d'água. A minha mochila é das mais baratas do mercado, mas tem ótima qualidade. Ainda assim, sempre que corro com ela, apesar de ficar fixa ao corpo, costuma puxar minha tshirt e a água vai chaqualhando dentro da bolsa de água... Foi então que durante a corrida uma alma iluminada resolveu me ajudar. Um corredor, que ao passar por mim e ouvir o barulho da água a chaqualhar, me deu a grande dica que já não esqueço mais. Ele disse para eu virar a mochila de cabeça para baixo e puxar o ar, que assim fixava a água e também não esquentava facilmente. Para alguns isso pode não ser novidade, mas para um inexperiente como eu, foi um grande presente. Agradeci a ótima dica e no 1º posto de abastecimento, fiz o teste. A minha mochila, que já achava quase perfeita, agora não tem defeito nenhum. A este benfeitor anônimo, que nem imagina o bem que me fez, deixo o meu muito obrigado e o desejo de que tenha muito sucesso nas suas corridas!!!


O início foi fácil, com algumas subidas, mas nada de exageros. Correr na escuridão dos trilhos e ver a fumaça da minha respiração ilumada com a luz do frontal é algo que gosto muito. Me diverti na parte logo a seguir a linha do comboio (trem), onde havia apenas um pequeno espaço para correr, com muita lama de um lado e arame farpado do outro. A parte em que atravessamos um túnel de esgoto por baixo de uma ponte também foi irado, com os frontais iluminando o túnel. O 2º túnel (onde não dava para correr em pé) também foi divertido, mas assim que saí do buraco escorreguei na lama. Foi um escorregão de leve porque ainda nem tinha ficado completamente em pé, só que ao apoiar o corpo com a mão direita, fiquei com alguns espinhos fincados na mão. Alguns metros a frente já nem lembrava mais deles...


Os primeiros 20k foram tranquilos, estava muito bem fisicamente e dentro do meu ritmo habitual, e não houve grandes dificuldades no percurso. Após os 20k a história mudou. Começaram as subidas maiores, com direito a escalada (com corda!) e tudo, e eu comecei a ter caimbras. Não sei se a causa das caimbras foi não ter treinado durante a última semana, ou a alimentação desleixada também nesta última semana. Eu apostaria mais na alimentação! Mas agora já foi, as caimbras estavam lá e doíam. Não consegui manter o ritmo, mas fiz o melhor que pude.


A última parte foi a mais difícil, mas também a mais bonita, com uma subida ao castelo e depois outra até uma capela que não faço idéia do nome. A vistar a cidade a noite de um destes pontos vale a pena! Ainda atravessamos praças e jardins da cidade até chegar ao estádio e terminar a corrida.


No 1º Abastecimento comi apenas 1/4 de uma laranja; no 2º comi um cubo de marmelada, 1/2 laranja e 2 copos de cola; o 3º era dentro do castelo, mas nem entrei para ver o que tinha. Utilizei um dos géis que levava comigo, e minha água durou mais ou menos até os 25k. Quando terminei, as opções veganas fornecidas era água, laranjas e torradas (as que consegui encontrar limpinhas, pois a maioria tinham despejado mel por cima). Ainda comprei uma coca-cola. E durante a viagem de volta a Lisboa, fui comendo umas bananas que tinha no carro.


Na saída do estádio, quando estávamos a caminho do carro, comecei a sentir minha mão a congelar. Já estava com o corpo frio e ainda todo molhado de suor. Meus dedos estavam duros, frios e dormentes. Nem consegui por a luva. Troquei de roupa o mais rápido que pude, entrei no carro e liguei o aquecedor. E achava que já estava acostumado com o frio, quase morro congelado!



O controle foi feito com o chip em uma pulseira. Onde em cada ponto de controle tinhamos que passar a pulseira em um leitor e já ficava registado no compultador. No final eles imprimiram logo um talão com o meu tempo em cada controle. Achei bem legal, mas em provas com muito mais corredores pode provocar grandes filas nos pontos de controle.


Outro ponto positivo foi o carater solidário da corrida, pois foi arrecadado mais de mil euros para a associação "Os Malmequeres", e 264 brinquedos para a campanha "Mil Brinquedos, Mil Sorrisos".


Terminei com o tempo de 3:43:06 e fiquei em 136 na classificação geral. Tendo em conta que desde a maratona de Lisboa não fiz nenhum treino com mais de 20km, gostei muito do resultado final. E mesmo com as caimbras, estive super bem disposto durante todo o percurso. E acho que estou no bom caminho para a maratona de Sevilla.


Até a próxima!


sábado, novembro 30, 2013

Treino do Halloween

Esse post aqui chega bem atrasado, mas antes tarde do que nunca!

Em Outubro vi no facebook um evento público intitulado "Treino de Halloween". Era um treino em grupo organizado por um pessoal aqui de Lisboa, marcado para o dia 31 à noite, na serra de Monsanto. Resolvi participar e foi a escolha mais acertada! Quando cheguei no local havia cerca de 100 pessoas (ou mais!), boa parte fantasiada, todos muito motivados para o treino. Corri pouco mais de 13km seguindo o grupo que estava na frente, mas acho que esse grupo encurtou o caminho, já que o grupo que estava mais atrás fez um percurso meio diferente na parte final. Sem problemas, me diverti demais. Trail é trail, diversão garantida; à noite então, adoro! Depois deste treino já fui correr mais algumas vezes ali em Monsanto à noite, sozinho mesmo...

E quanto aos meus treinos tenho cumprido praticamente a 100%. Falhei um ou outro treino, mas nada que interferisse no aproveitamento. Semana que vem faço uma corrida de 30km. Não estou seguindo nenhum plano para ela, vamos ver como será...

Algumas fotos e um video (assista que está muito bom!) deste excelente halloween!!! Prova de que é possível correr e se divertir, sem ter que pagar $$$... Aos organizadores do treino, o meu muito obrigado!!!



quarta-feira, outubro 09, 2013

Rock'in'Roll Maratona de Lisboa


No último Domingo, dia 06, finalizei minha 3ª maratona. Esta foi a prova em que senti a maior exigência de superação para chegar ao final, devido a falta de treino.


Foi a 1ª edição da maratona de Lisboa com este percurso, iniciou-se em Cascais e finalizou no Parque das Nações. Até ano passado a empresa que organizava a prova era outra, e o percurso era diferente, corria-se somente em Lisboa. Todas as três maratonas em que participei até o momento foram importantes a nível histórico, e todas em Lisboa. A 1ª que corri foi a Maratona de Lisboa em Dezembro do ano passado, e foi a última vez com aquele percurso, que ficava sempre na cidade de Lisboa. A 2ª foi a Eco Maratona, primeira edição deste trail no coração de Lisboa. E a 3ª foi a deste Domingo, primeira edição da Maratona de Lisboa com este percurso, que começou na cidade de Cascais e terminou em Lisboa, no Parque das Nações.


Cheguei em Cascais com muito boa disposição, e confesso que até tinha esperança de de terminar a maratona com tempo melhor que a do ano passado. Sem chance! Quando passou dos 15km já estava sentindo os gêmeos a doer, mas fui me aguentando. Quando passei os 30km senti as pernas enfraquecerem de um jeito que nunca tinha sentido antes; comecei a caminhar, tentando ser o mais rápido que conseguia. E quando cheguei do outro lado do Terreiro do Paço, já não aguentava mais, e ao olhar para a entrada do metro me entreguei e resolvi desistir. Tirei o dorsal da cintura, pausei o relógio e desci as escadas decidido a ir para casa, mas ao chegar lá em baixo encontrei o último grãozinho de motivação. Comecei a pensar no quanto queria chegar ao fim da prova, em como queria completar mais uma maratona e levar a medalha de finisher pra casa... Então desisti de desistir! Demorasse o tempo que fosse, eu ia chegar ao fim da prova. Subi novamente as escadas, coloquei novamente o dorsal, dei o play no relógio e voltei para a prova. E fui, caminhando, devagar e com dificuldade, cheio de dores nas pernas e super cansado. As pessoas ia me passando e eu me arrastando, já não aguentava correr. Pela primeira vez ouvi piadas (2x) por ser vegetariano; tive ficar na minha, afinal não tinha forças para correr e perder a pouca energia que ainda me restava com quem não valia a pena era me igualar com a ignorância. Comntinuei meu caminho, até que uma senhora que ia me passando e, como eu, já estava bem cansada, resolveu me acompanhar. E até me ajudou bastante, pois estar acompanhado me motivou e, pelo menos, consegui caminhar mais rápido. Como tinhamos tempo, fomos conversando e nos conhecendo. Ela se chama Diane e é americana; descobri que ela também tinha corrido a Meia Maratona da Areia este ano e, assim como eu, correu descalça. Quando chegou no último km, tentei correr um pouco, mas não consegui avançar nem 100 metros. Sentia fisgadas incríveis nos gêmeose me conformei que ia acabar caminhando mesmo. Só nos últimos metros é que corri um pouco, cheio de dor e bem lentamente. Cruzei a meta de mãos dadas com a Diane, que foi uma pessoa essencial para que eu conseguisse completar esta maratona. O marido dela tinha feito a meia maratona,e quando nos viram de mãos dadas e a nos abraçarmos após terminar a corrida, acharam que eu era o marido dela e não quiseram me entregar a medalha. Depois de tanto esforço e superação não me entregarem a medalha era muita maldade, mas depois de tudo esclarecido lá consegui a pesada medalha. Não cheguei nem perto do tempo que gostaria, terminei em 5:31:46, o que para a maioria é um péssimo tempo e até ficam com vergonha. mas por toda a dificuldade que passei e o esforço e superação para completar a prova, terminei com imensa alegria. Muito contente mesmo! \o/


Até os 35km o percurso foi lindíssimo e se em 2014 o horário da partida for mais cedo, essa terá tudo para ser a melhor maratona de estrada em Portugal (também nunca corri maratonas em outras cidades!). Em um grande evento como esse, com 2500 inscritos na maratona, 12000 na meia, e 8000 na mini; a organização está de parabéns. Muitos postos de abastecimentos, todos corretamente nos lugares que estavam programados. Talvez mais algumas bandas no percurso da maratona e uma tshirt do tamanho certo, mas isso são pormenores que não tiram o brilho do evento.



Estou motivado a deixar de ser malandro e passar a seguir o plano de treino corretamente. Motivação é o que eu preciso! Tanto que na segunda feira me ofereceram uma pedra, e sem saber escolhi a pedra da motivação. Como o acaso não existe, o recado foi bem dado e bem recebido...


Ano que vem estarei presente novamente e facilmente farei um melhor tempo!

terça-feira, setembro 10, 2013

No meio do Atlântico


Metade do mês de Agosto estive de férias. Fui, como tem sido normal nos ultimos anos, "descansar" uns dias na ilha Terceira, arquipélago dos Açores. Mesmo ali, no meio do Oceano Atlântico, entre a Europa e a América do Norte. Foram dias de descanso, é verdade! Mas também aproveitei e fiz bons e belos treinos de corrida, aproveitei para escalar (coisa que já não fazia a algum tempo!), nadei no mar quase todos os dias, conheci novos recantos da ilha, aproveitei dias de festa, fiz amigos...

A ilha é um lugar lindíssimo, com moradores muito simpáticos. Infelizmente existe uma exploração agropecuária e o lobby tauromáquico muito forte, o que faz com que se perca parte da beleza. Fui, inclusive assistir uma das ditas touradas a corda que acontece na rua e, como dizem, "não faz mal nenhum ao touro". Podem até não matar o touro, mas o que eu vi é mesmo muita maldade com o pobre animal, que na maior parte do tempo só queria fugir do povo ignorante que o provocava. A foto a seguir fui eu mesmo que tirei...



Mudando de assunto, porque não quero focar em coisas ruins. Não é porque estava de férias, ou porque Agosto é  um mês com muitas festas na ilha, que ia deixar de treinar. Falhei alguns treinos (o que não é novidade nenhuma!), mas também fiz treinos muito bons. Quase todos os treinos que fiz terminavam no Negrito, onde aproveitava para nadar (com o calção de treino mesmo!) e descansar ao sol.  Ilha vulcânica é sinônimo de praia sem areia, apenas rocha e cimento; mas também não fez falta, o que eu queria era a água. E essa, a água, é muito maisagradável que a do continente.






















Dos treinos que fiz, os 2 principais foram os mais longos, um de 24km e outro de 21km.

No treino de 24km saí de São Mateus da Calheta, passei pelo nível do mar, subi até o cume da serra de Sta Bárbara, onde atingi mais de 1000 metros de altitude, e depois desci novamente. Levei na mochila a minha reflex e parei muitas vezes para fotografar. Ainda assim foi um treino duríssimo, mas inesquecível. Quando saí de casa tinha mais ou menos o trajeto na cabeça, mas não levei nenhum mapa. Segui pela estrada principal que contorna a ilha até chegar a freguesia de Sta Bárbara, onde resolvi virar para subir. Perguntei a dois senhores que estavam em uma esquina a negociar melões se a rua que queria seguir  ia dar ao cume. O Senhor me respondeu que podia seguir rua direto que ia chegar ao cume, o que eu fiz após agradecer. E, enquanto me retirava para a subida, ainda ouvi o senhor comentar antes de voltar a sua negociação de melões:  "Deus do céu". Não sei se ele disse isso porque eu era uma figura muito esquisita para o habitual da ilha, pois estava todo suado, com uma tshirt amarela e um tênis verde, tudo fluorescente, sem falar na mochila esquisita. Ou se era por ter decidido subir ao cume a pé e por aquele caminho... Provavelmente o comentário foi devido ao caminho que escoli, pois o danado foi duríssimo. Logo no início tive que escapar de um cão feroz que conseguiu partir a corrente (grossa!). O cão arrastava a corrente, que ainda estava presa ao seu pescoço. Penso que quando o dono aparece, ele deve disfarçar fingindo que ainda está preso, para depois tentar assassinar as pessoas que por ali passam. Foi uma cena de meter medo! Tive que literalmente escalar o muro e ir correndo por ali mesmo, até que o assassino deixasse de me perseguir. Sobrevivi! Depois encontrei uma belíssima lebre no meio do campo, ela ainda me deixou apreciá-la um pouco, porém me embaralhei com a câmera e não consegui fotografá-la.  Não fotografei a lebre, mas tirei muitas fotos da paisagem deslumbrante que fui encontrando durante a subida. Minha água durou apenas até chegar o cume. E como a sede era grande, resolvi arriscar e resolvi o problema bebendo a água que escorria pela montanha. Depois que comecei a descer, reabasteci a mochila em um reservatório de água que encontrei pelo caminho. A maior parte da subida fiz a caminhar e parei muitas vezes para fotografar. Já a descida foi sempre a correr. Definitivamente ofoi o melhor e mais duro treino durante as férias. Vou levar na memória esses momentos solitários!






















 
O 2º melhor treino foram os 21km feitos entre as cidades de Angra do Heroísmo e a Praia da Vitória. Este não fiz sozinho, tive a companhia do Koen, um amigo holandês que conheci durante a escalada. O Koen nunca tinha feito esta distância a correr, apenas treinos de 10km. Eu, no dia, almocei já passava das 13h, e tínhamos combinado de sair de Angra às 14h. Sei que o aconselhável é comer pelo menos 2 horas antes, por isso já deixei o Koen avisado que tinha me alimentado a pouco tempo e não poderia forçar o ritmo. O percurso comecou logo com uma subida, e o sobe e desce continuou por quase todo o percurso, com excessão do km final. O koen começou com bom ritmo e, apesar de saber que não devia, fui acompanhando. logo após os primeiros quilômetros comecei a me sentir mal e fui ficando para trás. Estava enjoado, não aguentava correr, e já pensava em desistir. Avisei o Koen que estava me sentindo muito mal e talvez não aguentasse até o fim... Mas aos 8km parei ao lado de um ponto de ônibus com mato à volta e só precisei encostar o dedo na goela. Imediatamente deitei fora tudo oque tinha almoçado. Foi a primeira vez que vomitei durante uma corrida e fiquei surpreendido com a capacidade do organismo em recuperar, pos no momento a seguir foi como se nunca tivesse me sentido mal. Lavei a boca, bebi um pouco de água, e voltamos a corrida. Daí em diante não faltou energia e acabamos o treino com 2h10, o que achei muito bom. O Koen ficou bem cansado, mas mostrou um ótimo preparo físico e com certeza poderá fazer melhores tempos em seu país, já que a Holanda é plana. Terminamos o treino com direito a tapete vermelho e tudo. e a foto só saiu na 2ª tentativa, poia a 1ª pessoa a quem pedi que tirasse uma gfoto nossa, ficou com medo e fuiu de nós. WTF???


Também aproveitei as férias para escalar! Porque no ano passado as minhas tentativas de escalar na Terceira foram frustradas. Não conhecia ninguém que pudesse fazer minha segurança, e o tempo também não colaborou. este ano fui escalar duas vezes no setor Chupa Cabras com o pessoal que conheci lá. Encontros multiculturais, já que tinha holandês, espanhol, português, francês, brasileiro...


























Ainda fiz uma uma bela caminhada pela Serra de Sta. Bárbara, até os destroços de um avião que caiu por lá no final dos anos 70. Não foi trail running, mas foi um trekking divertido. E, ainda que não seja praticante desta brincadeira, encontramos uma caixa de Geocache.

















Aproveitando as festas, fiz um passeio de barco (gratuito) onde tive a oportunidade de nadar no meio do Oceano atlântico, tenho que deixar aqui registado. É, eu gosto de saltar para a água!


  
Férias bem curtidas, vão ficar na memória!!!





domingo, agosto 18, 2013

Início, Meio e Fim



Havia deixado Portimão e as praias algarvias em Novembro de 2008. Não é que nunca tivesse feito umas corridinhas, mas nada para além de meia hora. Vim morar para Lisboa e trabalhava em Póvoa de Santa Iria. Foram muitas mudanças e no início de 2009 comecei a praticar yoga em Liboa e natação em póvoa. Duas vezes por semana fazia duas aulas de natação seguidas, de 50min cada. Em março, se bem me lembro, me convidaram para participar em uma prova em Vila Franca de Xira. Não era competição por medalhas ou premiação, apenas para registar os tempos oficiais... E foi aí que tudo começou!


Minha namorada em vez de tirar fotos, filmou a prova. E eu partilhei como os colaboradores do Centro Vegetariano, porque nesta época já colaborava com o CV. Foi um dos colaboradores, o Tozé, que após ver o vídeos sugeriu que eu começasse a correr e que formássemos uma equipe de desporto para divulgar o vegetarianismo. Divulgar o vegetarianismo praticando desporto? Claro! Alinhei imediatamente e sem seguir nenhum plano, sozinho mesmo, comecei os meus treinos de corrida no Estádio Universitário, onde costumo treinar até hoje. Criamos a SDA (Secção de Desporto e Aventura), que faz parte do Centro Vegetariano. Eu fui o 1º a vestir a tshirt da SDA em uma prova, a Corrida do Avante, de 10km (prova com final inusitado e que partilharei futuramente). Também fui o 1º a vestir a tshirt da SDA em uma meia maratona, a Meia Maratona de Portugal, que hoje se chama Meia Maratona Rock'n'Roll. Outros colaboradores também alinharam na iniciativa e entre 2009 e 2012 participamos em provas por todo o país, nos encontrando em grande número, pelo menos uma vez por ano, para participar em uma meia maratona. Divulgando o vegetarianismo de forma excelente!

















Meu objetivo desde que comecei a correr com a SDA sempre foi divulgar o vegetarianismo. Na verdade a corrida nunca foi o meu desporto favorito, e nem corria assim, com tanto gosto... Porém em 2012  decidi que iria correr a Maratona de Lisboa e tudo mudou. Comecei a efetuar treinos mais longos e ganhei gosto pela corrida. E apesar de ainda não ser o meu deporto preferido, é o mais praticado. Até sinto um vazio quando fico semanas sem correr!
Infelizmente não cheguei a correr uma maratona com a tshirt da SDA. Mas continuo divulgando o vegetarianismo nas corridas e minha estréia na maratona foi vestindo a tshirt da equipe FORÇA VEGANA.


 Durante a época que corri pela SDA, a interação entre os membros sempre foi positiva. Fiz ótimas amizades, pude partilhar experiências e aprender bastante. Momentos que vão ficar na memória...
E na FORÇA VEGANA não é diferente! O pessoal é super alto astral, e é dessa energia positiva que eu gosto. Além de termos na equipe grandes atletas, sempre subindo no pódio.

Apesar de ser um desporto, na maior parte das vezes solitário, gosto muito de correr. Continuo com o objetivo de divulgar o vegetarianismo nas corridas, mas precisamente o veganismo. E ainda pretendo correr muitas maratonas. O que não sei realmente é se conseguirei seguir um plano de treino sem cometer grandes falhas, mas isso nunca foi impedimento...